Um dos exercícios que eu mais adoro no Gyrotonic® é o chamado Diving, um convite a um mergulho feito com muita, muita qualidade.
De cara, achei que esse era moleza para mim. Afinal, mergulhar é fácil, adoro nadar e é algo que eu estou bem acostumada a fazer. E foi uma grata surpresa compreender que esse mergulho me faria ir bem mais fundo do que eu imaginava.
Para começar, mergulho pede respiração adequada e uma intenção permanente e atenta. Descer no fundo de si, perceber esse corpo em seu movimento de entrar na caverna, curvando, vencendo travas, resistências, cedendo ar e certezas para a vontade da descoberta. Para onde olho quando chego no fundo de mim? O que posso usufruir dentro desse espaço que é unicamente meu? Mergulhar fundo é um ato de extrema coragem para toda coluna.
E porque eu soltei rédeas lá embaixo, sobrou espaço. Assim, eu posso respirar, encher o peito de ar e voltar à tona: aberta, ampliada, fortalecida para a vida aqui fora. Nem sempre foi fácil pra mim. Observava a minha subida, e muitas vezes ela foi acelerada demais, lenta demais, interrompida demais. Sair e mostrar era mais difícil do que mergulhar. E o quanto eu entendi de mim assim: tentando ganhar fôlego, buscando espaços internos para preencher de respiro peito e coragem.
E porque mergulhar pode ser essa delícia, eu viajo nessa poderosa experiência de mergulhar e me deixar ir fundo, fazer as descobertas e largar as prisões. E acordar novos sonhos, deixando sair todo o medo de fazer brilhar o corpo e a estrela. O mundo inteiro à minha espera. Aqui encima. Sem riscos, sem escudos. Apenas de peito aberto.
*Mozana é uma pessoa apaixonada por desenvolvimento humano. Essa baiana, radicada em São Paulo, tem 17 anos de carreira como publicitária, especialista em causas sociais. Hoje é empreendora da consultoria Mandacaru (https://www.facebook.com/mandacarued/), facilitadora de processos e astróloga e trabalha para que as pessoas e as organizações se fortaleçam, floresçam e prosperem de dentro para fora.