Amanhã completamos 14 anos que abrimos nossas portas pela primeira vez! Essa é uma data importante para rever tudo aquilo que fizemos nesse caminho e tudo aquilo que ainda queremos construir. Conversamos com a nossa diretora, Tati Malhado, sobre todas as novas possibilidades do Studio. É uma ótima oportunidade de conhecer melhor a nossa missão e a nossa alma, já que a Tati é o coração do Respirartes.
1. Quando teve a vontade de criar o Respirartes?
Eu dava aula de Pilates para as bailarinas da Camilla Pupa, em uma academia ali em Mirandópolis, bem perto aqui do Studio. Lá tinha uma sala — que tinha uns 14m² — que não tava sendo usada e tava só com uns brinquedos da Cindy, que era sócia da Camilla. Aí, um dia, eu pensei: –nossa, aqui podia ser um estúdio de Pilates. Eu propus pra elas a ideia de sublocar, deu certo! Daí eu comprei um Reformer, coloquei um piso, um quadro, a Mola de Parede e comecei a dar aula pra três pessoas. Aí, no primeiro mês, eu tinha dez alunos — daí foi aumentando. Em seis meses eu comprei a Cadeira e já dava bastante aula de chão. Depois de um ano eu comprei o Trapézio, o Barrile aí montei o estúdio completo. Comecei com as bailarinas que estavam ali e foi indo.
2. Qual era o diferencial que queria trazer para a prática de atividades físicas ao abrir um espaço seu?
Então, na época eu não sei se pensava em um diferencial — eu pensava em explorar o Pilates. Foi em 2005 e quase não havia estúdios. Eu sabia que meu trabalho poderia contribuir, que a técnica era incrível, que eu poderia contribuir para as pessoas que começavam a escutar que o Pilates era maravilhoso. Eram poucos, não havia muitos estúdios — então eu fui a primeira da região; durante um bom tempo eu era a única. Aí foi indo. Nessa época eu já praticava o Gyrokinesis e em 2007 eu fiz minha formação e comecei a dar aula da técnica. O que eu mais queria era esse trabalho consciente, inteligente, de percepção corporal, de preparação verdadeira pro corpo.
3. Você é a alma do Studio; é a força que move cada pedacinho. Como as suas transformações ao longo desses 14 anos também transformaram o Respirartes?
Foram muitas transformações! No mesmo ano em que eu abri o Studio eu estreei um monólogo como atriz com a minha companhia de teatro-dança. Na época meu filho Guilherme tinha 2 anos. Apresentei esse monólogo até 2014 —juntamente com o trabalho no Respirartes. Nesse tempo eu separei, namorei, separei de novo, vivi crises de relacionamento. Conheci o Gyrokinesis, conheci o Gyrotonic, conheci o The Naam5; fui em busca cada vez mais do autoconhecimento e, através dele, tudo que eu aprendo eu vou trazendo. Sinto que a pegada do Respirartes está cada vez mais "movimento inteligente com o intuito de potencializar". Desenvolvi, também, o projeto "Ser Potente" — e com isso eu venho me abastecendo, me conhecendo, usando essas técnicas e as introduzindo no meu trabalho cada vez mais.
4. Quais foram as maiores vitórias nesses anos?
Acho que foram várias vitórias: ter conseguido completar um Studio e depois abrir outro — tendo duas salas de Pilates; ter feito duas formações — de Gyrokinesis e Gyrotonic e ter conseguido introduzi-las e as mantido sem desistir em uma época em que ninguém as conhecia; ter bolado um projeto pra trabalhar com bailarinos e agora tê-los aqui se aprimorando; começar a ter formação aqui no espaço; em breve começar a formação e atendimento de Barras de Access, ter trazido o trabalho de circuito funcional do William, meu marido; agora ter aberto a Yoga. Acho que são muitas conquistas e eu procuro validar todas elas. Acho que uma grande vitória é manter os mesmos instrutores. A maioria dos espaços tem muito troca-troca de instrutores e a gente se mantém com um trabalho em que todo mundo vai fazendo update, todo mundo vai se aprimorando, o trabalho de cada um vai crescendo individualmente e todos vão agregando e contribuindo cada vez mais pro Respirartes.
5. Quais são seus planos para os próximos 14 anos?
Quero potencializar o máximo possível de pessoas com essas ferramentas e métodos incríveis que a gente tem aqui; construir cada vez mais laços "delícias" do jeito que a gente constrói; ter diversão como guia — é um trabalho sério mas é um trabalho divertido; fazer com que as pessoas vão além no que elas determinam e no que elas escolhem. Montar o "Respirartes Dance", o "Respirartes Gyrotonic", o "Respirartes Terapêutico"; expandir na ideia de ir além, expandir as pessoas, o espaço físico, a mente, a alma; expandir o Respirartes como um todo.